Peter Moore comenta decisão de acabar com o Dreamcast
Em nenhum outro lugar o Dreamcast foi tão bem sucedido como nos Estados Unidos. Lançado no dia 9 de setembro de 1999 (9/9/99) com uma campanha de marketing agressiva e uma linha de jogos de esporte bem ao gosto do público americano, o console poderia ter recolocado a Sega de volta na briga com Sony e Nintendo. Porém, como revela agora o ex-presidente da Sega of America, Peter Moore, a boa performance nos EUA não foi o suficiente para equilibrar as finanças da companhia em escala global.
Falando ao site do jornal inglês The Guardian, Moore contou que ele mesmo sugeriu à Sega uma saída do ramo de hardware, mesmo estando em um momento de entusiasmo com o trabalho chefiado por ele na divisão americana. "Estávamos vendendo 50.000 unidades por dia, aí 60.000, então 100.000, mas simplesmente não seria o suficiente para alcançar a massa crítica para enfrentar o lançamento do PS2", disse o executivo, que hoje chefia a EA Sports, depois de alguns anos como o principal executivo da Microsoft para o Xbox. "Era um jogo de alto risco. A Sega tinha a opção de colocar mais dinheiro e pedir falência, e eles decidiram que queriam viver para lutar outro dia. Então lambemos nossos ferimentos, tivemos humildade e fomos à Sony e Nintendo pedir seus kits de desenvolvimento".
Em 31 de janeiro de 2001, a Sega anunciou que estava deixando a produção de hardware para focar-se no desenvolvimento de jogos. A companhia foi comprada pela japonesa Sammy, tradicional fabricante de Pachinko (mistura de máquina de caça-níqueis com fliperama muito popular no Japão), mas nunca voltou a ter força para brigar novamente com a Sony e Nintendo no mercado de videogames.